O teste dos panetones light. O Village levou a melhor.

Celebração de fim de ano é sinônimo de mesa farta. Por isso, a época exige cuidados redobrados de quem não pode ingerir açúcar ou quer manter a silhueta esguia. De olho nesse público, cada vez mais os fabricantes têm oferecido exemplares diet e light do tradicional panetone. Para auxiliar o consumidor na tarefa de escolher a melhor opção, convidamos quatro especialistas a participar de uma degustação às cegas de dez desses doces recheados de frutas.

Sagrou-se campeão o Village Light, da panificadora Cepam, localizada na Vila Prudente. “Muitas fábricas exageram na quantidade de essência de baunilha para disfarçar os adoçantes, deixando o resultado final artificial”, afirma Eliane Contreras, editora de dieta e nutrição da revista BOA FORMA. “Felizmente, não é o caso desse.” Os outros experts foram Arnaldo Lorençato, editor de gastronomia de VEJA SÃO PAULO; Mônica Santos, jurada de Comidinhas da edição “Comer & Beber” da revista; e Madalena Ioneda, editora do suplemento “Comida & Bebida” de CLAUDIA.

Para a composição da nota final, consideraram-se oito critérios. Primeiro, a apresentação. Pães branquelos ou tortos, por exemplo, perderam pontos. Depois, levaram-se em conta a quantidade e a qualidade das frutas, mais a textura e a umidade da massa. Esses itens tiveram peso 1 na avaliação, enquanto aroma, gosto residual de adoçante e sabor receberam peso 2. Em caso de empate, ficou na frente o de melhor sabor. Numa fatia de 80 gramas do panetone tradicional se encontram, em média, 300 calorias, contra pouco mais de 200 calorias dos light. “Essa modificação interfere no gosto”, diz Lorençato. “Mas há um público específico para o produto, que precisa ser atendido da melhor maneira possível.” Menos calórica entre as avaliadas, com 187 calorias por porção, a marca Ofner alcançou a quarta colocação.

No pódio, o Village foi seguido de perto pelas marcas Carrefour Viver e Taeq, também produzidas pela Cepam. As primeiras fornadas da megapadaria saem em agosto. Desde o lento processo de fermentação natural da massa até a embalagem final, são necessárias pelo menos 36 horas. “Nossa produção anual ultrapassa a casa de 1 milhão de unidades”, conta Reinaldo Bertagnon, gerente comercial e de exportação da Village. Desenvolvido há apenas seis anos, o panetone light ainda representa uma parcela pequena desse universo. A expectativa, no entanto, é de crescimento. “Desde 2007, a produção aumentou em torno de 55%. E queremos crescer mais 15% neste ano”, afirma Bertagnon.
Revista: Veja São Paulo; Editora: Abril.